acima as estrelas vem mortas de amar
e meus passos no chão da cozinha pra beber água
descarnam do sonho pisam a terra
enquanto pego no filtro som oásis miragem mágoa
e sinto o real seixo madeira terra em mim
nos gestos e o riso no corpo de 4 da matina
é a nuca da musa sem rosto que apaga assim
e ando até a varanda num gole sou máquina
a rua sonha o cálculo do mundo à esquerda uns trinta graus
e é como alucinação que os homens tem sem asas
quando olho os ombros dos prédios na direção do ventre
por onde à noite volto a exausta voz canto de trabalho
e passo dentro do carro a björk sem beijo techno love
e o thom o ritmo o novo é york o velho mundo da peste
tempo tempo tempo tempo sou plágio maduro above
tão sagrada a chuva é uma carta nua de amor que leste
quando olho até que ela se desvanece e dorme
e se vai curada de mim para dentro da escuridão
abaixo dos pés a cerâmica o pó da terra informe
uma lucidez ama a pedra solta no espaço no chão