A realidade é um lodo,
pântano ou areia movediça. O real é inimaginável e impossível. É onde todas as
coisas sucumbem.
Lá fora homens e mulheres
estão continuando a civilização. É o trânsito que engarrafa a estratégia
delivery dos comerciantes, o que debaixo do sol posto ao meio dia também será esmagado.
Escrever o mundo é ser um
Guriatã. É inventá-lo (o mundo) e absorver o real impossível de ser executado.
A lucidez nos queda, de amenidade em amenidade, tudo da maior importância. E a
vida segue. Era isso.
Na espera dessa entrega,
vivemos. Uma coisa, outra e mais aquela. As horas, as tardes passam; seco o
vento sul recorta a boca, e o Gaturamo Verdadeiro arremeda: canta, canta mais.
Espera-se desesperando das academias, dos carros, das quintas-feiras, da razão tôla da mpb
neopagã de gênios velozes. Do que se sabe, vem em nós, e por cada um deles nos
chegará.