06 agosto 2014

Alfa Romeo


A realidade é um lodo, pântano ou areia movediça. O real é inimaginável e impossível. É onde todas as coisas sucumbem.

Lá fora homens e mulheres estão continuando a civilização. É o trânsito que engarrafa a estratégia delivery dos comerciantes, o que debaixo do sol posto  ao meio dia também será esmagado.

Escrever o mundo é ser um Guriatã. É inventá-lo (o mundo) e absorver o real impossível de ser executado. A lucidez nos queda, de amenidade em amenidade, tudo da maior importância. E a vida segue. Era isso.

Na espera dessa entrega, vivemos. Uma coisa, outra e mais aquela. As horas, as tardes passam; seco o vento sul recorta a boca, e o Gaturamo Verdadeiro arremeda: canta, canta mais. Espera-se desesperando das academias, dos carros, das quintas-feiras, da razão tôla da mpb neopagã de gênios velozes. Do que se sabe, vem em nós, e por cada um deles nos chegará.

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