03 abril 2012

Marulho

teu som sem vírgula dermonderramar uma lua
solta.

o dorso para trás
dá aos teus cabelos gestos do fogo

um braço lhe envolveu à cintura,
no palmo de estrela a palavra estala étoile

alíngua que molha outra e vale
teu choro nos restos do jogo.
a palavra em estado puro é crua
é som
é corpo sem voz sem cura,

excede ao crime
segura mente incerta de si

teu don da vírgula tão nua
é sede excederá
da fonte sublime

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