Escuto a sexta-feira, o início da tarde aceita o helicóptero. O Bem-te-vi pousa no fio de telefone, o aeroporto aceita o jato que aparenta segurança. A construção estagnada de um prédio em Jardim Camburi recomeçou; lá em cima o homem de azul e capacete amarelo martela. Acima de nós o céu sorriu de nossa decolagem. Aceitou-nos o ofício do sonho. Ícaro passa pela rua com duas latas de cera e um sorriso cheio de esperança, respira profundamente enquanto absorve a certeza do vôo do urubu. O rádio do vizinho vomita sobre ele o chão de hoje.
Poucos instantes, já não os observo. Contemplo em minha sala móveis de gerações diferentes. A escritura de todas as coisas esconde epifanias, esquinas, contudo as ondas sonoras graves nos atacam o corpo. A música dos outros nos espanca as vezes. Os pés de tênisAdidasretrô plantados no chão aceitam o silêncio da cerâmica; ouço passos na escada que intestina este prédio escrito; vejo a moça de vestido céu quando pisa descalça na varanda que existirá na construção além de mim, futuro cenário. E ela aceita meu vôo.
Poucos instantes, já não os observo. Contemplo em minha sala móveis de gerações diferentes. A escritura de todas as coisas esconde epifanias, esquinas, contudo as ondas sonoras graves nos atacam o corpo. A música dos outros nos espanca as vezes. Os pés de tênisAdidasretrô plantados no chão aceitam o silêncio da cerâmica; ouço passos na escada que intestina este prédio escrito; vejo a moça de vestido céu quando pisa descalça na varanda que existirá na construção além de mim, futuro cenário. E ela aceita meu vôo.