Hoje você amanheceu com vontade de xingar seu chefe. Não de matar, apenas xingar. Antonião, seu verme!;
Quando você passar por ele, cumprimente. Seja falso, minta porque ele pode terminar com tua semana na terça, num despedir de vento imune, mas que te leva no turbilhão holywoodano. Você pensa num advogado, revisa os processos que provam que esse canalha é um usurpador. Escreva: o nome disso não é ata. É coação. Chama-se assédio moral. Ah, ele é advogado? Certamente esqueceu, de maneira que para você ficará difícil lembrar. Escreva logo essas mentiras porque o supermercado no final da avenida está lotado de gente que pode prédatar o cheque antes de você. Não fique sem assunto sábado de manhã, quando os caras reclamarem do preço da carne mostrando a picanha no condomínio; no lava jato bebendo uma latinha. Aliás, teu carro ta imundo. Teu destino ex-tá-tra-sado. Vá até o banco de uma vez, encare de frente, bicho. A máquina cospe o papelzinho com tua sentença. Estrato de tomate teu sangue vermelho sobedesce. O rosto sádico de Antonião Covade vem numa marca d´água sob números e datas. É a tecnologia do delírio que já mente por você, viver bem é mentir. Todos estamos neste mundo tenebroso de plástico, ferro (principalmente), ozônio furado, ozônibus rasgando de manhã. Quando você treme de raiva, engole o muco igual fumo de bang-bang; quando você esquece o certo e mira o pescoço desse verme; Lembra daqueles que te amam. Do teu filho que precisa ir pra escola sofrer igual você quase não suportou. Da tua mulher que precisa de um sorriso ateu. Lembra que esperar tudo nesta vida é ser miserável.
Esses que estão em volta, trazendo e levando os mesmo papeis, ele (s) te detestam. Sem nome, camisa de time. Sem definição tua cor furta tempo. Essas palavras que você usou desde aquele desgraçado dia em tentou engarrafar o vento no translado das estações de compra e vendavais. Você, executivo; acordou executado. Você acordou assim de tanto executar o que mais detesta, o que te mata com o pecado do outro. : Peque você mesmo. A cabeça da serpente está esmagada, não tenha medo. Os vermes que rastejam no chão atravessam de repente toda a repartição esquizofrênica. Cuidado, não compre a briga inteira porque ninguém vai te defender, fogem como baratas. Peque por si mesmo, porque você não pode mais ser envenenado por outro veneno além do que se escreve com as letras do teu nome. Você lê este texto? Você lê sim, eu sei. Antonião Covade é um épico que entra pela porta com os costumes de uma montagem medíocre do Teatro de Revista, contracenando com atrizes ridículas, fumando um cigarrinho filado, achando que sabe vender. Tudo é pra 30 e 60. Tudo é pra descontar por atraso. Tudo é pras costas do preto pobre.
E esse que entrou agora é o Capitão do Mato. Capanga. Já teve coração de boi, não morreu. Teve bursite e gota, está aqui. Teve oportunidade de sorrir, riu da tua cara. Cabeça rapada parecendo sargento, a mesquinharia militar inteira, bem mandada (a coisa completa e obediente é o bestialismo). Figuras assim geralmente tornam-se líderes de departamento; coordenadores; funcionários padrão; presidentes dos estados unidos. Executivos como você. O Brasil está sempre na sexta-feira, mas ela só funciona depois que passa o carnaval.;
Porque a escravidão tem seus métodos, raízes. Estamos num covil de Celebridades, lançadas ao lusco fusco pelo gênio de Gilberto Braga. Não se desespere, faça como o pião que toca uma punheta pra moça de família propaganda de cerveja mostrando a bunda; felicidade limítrofe. Quando teu pau tiver bem duro, quando já táté doendo e não pode crescer mais; incha, engrossa..., pense nela de 4. Decidindo se posa nua ou não. Você também está esperando quem paga mais, quem te dá mais pra você continuar no arrocho coloquial de uma língua rica espalhada num zé povinho de merda. Brasileiro. Macomunado. Conhecedor do Brasil. Aliançado com a multinacional. Viajante pelo mundo. Chefe. Você também em potencial é esse que te mata. É como teu colega, e todos os outros teus colegas ou não. Vocês já se tornaram quase que completamente iguais e miseráveis, num cortejo fúnebre de si mesmos, ouvindo e falando reclamações esquálidas com palavras fáceis de entender, palavras de professores cansados. Vocês são como o Capitão do Mato de cabeça rapada, pago para aniquilar os funcionários; traidor da raça dos gladiadores. Olhe agora o rosto épico de Antonião Covade. Olhe que o rosto épico não é menos épico que o teu. Olhe que o rosto de Antonião Covade é o teu rosto épico. Olhe que o teu rosto, mesmo sendo igual ao de Antonião Covade é quem sofre tudo o que ele manda, porque você apenas imita um rosto épico. Você é pago para imitar. Você é pago para não ter dignidade. Você é pago para ouvir Antonião Covade vendendo mais uma mentira em 30 e 60 dias. Você é pago para ouvir teus colegas reclamando disso enquanto também não fazem nada;; e quando fazem te escondem porque você pra eles também não é nada:: Sim, pra eles também, escravos. Eles também, que Antonião amanhã: Tãobém; alguma coisa que não te contam para que você continue
24 fevereiro 2006
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