homem
mortal
teu
sonho moderno
apodrece sem pranto,
a
lotação do coletivo vai completa.
(procura-se
um preço).
a
internet é qual televisão
e
tua interface exposta abjeta
anterior
ao desejo que teço
(unhas
de hiato / olhos de cão)
forja
teu arsenal
no
presente eterno.
a
musa sem mar ouve teu canto
,
(homem
viral)
e
te devolve obscena
tua
ilusão de santo
tua
estranha democrática meta
teu
não-lugar teu começo
teu
bicho papão,
desliza
joelhos coxas da saia reta
se
a carne da tarde narra o avesso
o
gosto a dor o vinho o não
quando
és mau
e
em meu peito a noite pequena
é
imensidade é tanto