07 março 2013

coletivo


homem mortal
teu sonho moderno
apodrece sem pranto,

a lotação do coletivo vai completa.
(procura-se um preço).
a internet é qual televisão

e tua interface exposta abjeta
anterior ao desejo que teço
(unhas de hiato / olhos de cão)

forja teu arsenal
no presente eterno.
a musa sem mar ouve teu canto

,

(homem viral)
e te devolve obscena
tua ilusão de santo

tua estranha democrática meta
teu não-lugar teu começo
teu bicho papão,

desliza joelhos coxas da saia reta
se a carne da tarde narra o avesso
o gosto a dor o vinho o não

quando és mau
e em meu peito a noite pequena
é imensidade é tanto

,.