27 julho 2011

Tabaco

café. Óculos meio grau pra leitura. Casa fechada, meu atelier com Misericórdia. Os sonhos que perderam... já foram perdidos,.. camisa abotoada, de um ao outro Pólo perseverante um dos dois botões desabotoado, o de cima, por onde Hugo exala do meu peito estranho e recende um desejo em silêncio vasto vasto vírgula mon amour... “yet, such fantasy make me writer of the nonsense..” Agora na Saraiva tem um café, bem ao lado do Seminário 23, pelo qual James Joyce ressurge fotografado e dialoga com um vermelho sangue. Minha mesa cativa é o corpo sobre o qual catalogo palavras, puzzles, perfumes, línguas que se escrevem sem medo. Estou no interior do cubo branco, abro os braços sendo escultura no quanto lhe contemplo sutilezas de uma intensidade; nada desvelas para mim do que não sabes quando me aceitas os Melismas & Fúrias próprias do bom selvagem contra o vento da maratona em Camburi, cobaia alérgica entregue à multinacional felicidade na invasão da América Latina. Corro olho pelo local por instantes Rio,.. é o cheiro do Marlboro que não acendo e o Chronos vasto mundo épico em tua nuca que a língua molha e volve dentro dá a boca. Caramba. A politicagem correta agora existe até lá (falar disso depois da próxima sessão)As cores desses fonemas desde que escrevo esse insistente último livro tem me deixado olhando o mar de Camburi, a água de molhar o pelo das pernas até o joelho já entrou numa música que era toda da Gávea. Entretanto vês estou eu meu orbe mágico sem truques e sobrevôo Ícaro dia de Sol a tarde aquarela e acrílica num jorro de cores como fossem os sons delas aliciando o acorde Feliz de teu vestido; ao que imponho Tensões num intervalo de Nona Maior, sabes o quanto dele me darás. Vestido esse que minhas mãos lhe roubaram no colo rosa onde me escondes perto da janela abaixo do promontório com a pimenteira; esconderijo sensível onde também dói e sabes num dedo de moça o que não lhe falarei.

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