21 fevereiro 2011

All

Descende sobre nós. O frio imaginário da manhã que incinera lá fora: aqui o ar condicionado é cinismo dos clubes que fazem o bem. Pela janela vê-se o Parreiral exíguo de si; seus horrores escritos aniquilam a ganância com o sal dos braços emplastados sob o Sol. Serpenteava entre animais, ogros, motoboys, vizinhanças coloquiais sentindo a carne da batata da perna repuxar sob a gaze, da qual uma fita cirúrgica me faz a forçosa depilação quando é arrancada antes do banho. Motocicletas são como as palavras, ariscas de pegar. Finjo que aprendo a lição de casa hoje para a professora de línguas; Péssimo aluno, lembro que dessa lição crava na memória evocada por um apelido onde me estanca sem metáfora possível. O Garoto precoce foi vendido para a multinacional em Vila Velha, é tempo de finalmente utilizar a banda de Moebius; o primeiro Teorema de Euler, de 1750, traga inspiração. Virão os sofistas do pós-moderno, os consultores da paz corporativa, os hipócritas centro-esquerda,.. oh, get a Life. É na realidade que retornam os monstros que foram re-calçados nos sapatos encharcados do último inverno. Semáforo da Norte Sul. Ardo na dicção seca, olhos sorridentes, dedos compridos de uma indecência. Espero abrir o portal para a corrida, e pelos campos a música do Air, no Moon Safari, é uma trilha sonora daquela gananciosa vontade, I need.

,.