A solidão da árvore esquecida no meio do descampado, sua conversa de ar com nuvens rechonchudas atravessando o céu do planalto central
(...)minha cabeça é um i-tunes misturando In Rainbows com Kid A. Leio ao largo de uma melopéia secreta e sôfrega o cansaço do corpo magro da tarde com o cabelo jogado nas costas se o vento surta cheiro de flor
..Ao escrever crônicas, coisas sem destino, leio também o livro que comprei no sebo de ipanema, aquele sebo que não é mais o mesmo nome, contudo agoniza em mesma galeria. Aqui, pela internet, acompanho o blasé de blogueiros já editados que cospem nas minifamosidades que os fizeram, ditam que o Leblon é sacal só porque vivem lá. Tão fácil esquecer. Hoje fui ao culto matutino, mensagem justamente sobre memória, citação da primeira epístola de Pedro. Ah, ninguém quer saber. Estou no meio do Brasil, o verde é imenso, e o banner da Claudia Leite ex Babado Novo (isso é muito oral), também. O Brasil está em promoção. Dessas noites vastas de sal sonhei com Rubem Braga, que conversava num pasmo com Nelson Rodrigues. Era sonho e ambos estavam vivos, eles sobrevoavam vitória, a cidade presépio, num vôo horrível da gol e chutavam que a lei Rubem Braga um dia seria limpa, quando os artistas medrosos tivessem ambição. Era a fala do Nelson. O Rubem apenas comentava que o Zé acredita que a lendária cobertura da Barão da Torre está na Praia do Canto, ou pior.