22 outubro 2007

As pétalas

Rubro o rosto de pétalas
não sabe que é desenho
(tem cores sem lágrimas),
explode às feições do vento.

Dele mentem tardes frugais:
moças fáceis de enleio
correm dentro de ninfas;
derramam-lhe um seio sem alento.

De seu fartar do amor
onde há prece, cura e lume
as pétalas de sua história vencem
onde preste a tortura ramada

para a pluma fácil do mundo.
O doer escuro e sem palavra
volta ao silêncio quando o dissipa
todo seu contorno até o nada.

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