23 novembro 2005

Severina Vuckovic

#1 Texto ótimo do Pedro Dória, sobre privacidade: “O filmete tem onze minutos de sexo explícito. A câmera não se move, não há zoom, está fincada num tripé ou apoiada num móvel. O casal está ofegante. Não há gritinhos; no máximo, murmúrios. A moça é estonteantemente bonita: uma morena de cabelos chanel, lábios espessos – às vezes, faz caretas que quase lembram dor, mas não são de dor. É uma estrela pop na Croácia, Severina Vuckovic, tem 32 anos. Em todas as imagens do filme pessoal gravado num quarto de hotel, o mais evidente é aquilo que nunca há em filmes pornográficos: um sorriso terno. Carinho assim, tão íntimo, desconcerta, não é para ser público. Mas não há buraco de fechadura ou risco de flagrante na indiscrição: o filme feito para consumo próprio caiu na rede. Nunca mais será apagado. A intimidade de Severina é pública. A privacidade dela acabou.” ...

#2 José Dirceu: "Não temo nada, não peço nem clemência nem misericórdia. Quero um julgamento justo”... “Não sou réu confesso e eles não apresentaram provas contra mim.” --- Só pra lembrar.

#3 Voltei a ler o Excepcional livro de Gore Vidal, De fato e de ficção – Ensaios contra a corrente, Companhia das Letras, tradução de Heloisa Jahn. Estou na página 162, do texto intitulado Letras Francesas: Teorias do novo romance. Vale a pena.

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