30 outubro 2005

Ar

Passaram-se 7 anos. Joaquim Nafta era in-paciência; ar-mofo à tarde, ouvinte bundASSound no rádio. Esperava o momento certo, sair-se ar sopro evento e literatura. Recortava notícias em revistas; fofoca, gente infeliz, apresentadoras mala/madas. Nada a mais que esses: escritorices à novasafra já recebendo sua paga na vaidade rápida em matar dezenas de livros; a tombar-se meio de si; tomar-se no meio do Orkut sem lástimas, aceitando efemérides rasas. Mas... os Erros... // poema iletrável, pontua-se // Joaquim Nafta voava rasas ruas de efeito pássaro lá em cima quando seu olhar transeunte soube que o momento nunca chegou. --- Jamais seria um desses gênios instantâneos.

Auxiliar de Escritório na Cia. Vencer admitido, ao enfrentar seu terrível destino de Nafta nomeado para despachar motoristas, do estacionamento da empresa a BR 101 era Leviathan nos olhos; ele um Alcatraz. Tudo o que Joaquim queria: entrar no carro, ser seu ópio motorista, desviajar livre os inéscios da silva que geram colaboradores num escritório, ira à larga meta da complacência e administração. Mas,.. dirigir sem destino... era impreciso e gasto poeta; algum lavado à sério sob a torrente gráfica da chuva, carteira comum: uma especial demandava tempo, aquele que Joaquim nunca teve para tirar do bolso.

Quarta-feira velha ao sair do trampo e ver o Joaquim Nafta evaporar na idéia um verbo próprio e nunca mais voltar-se. Morrer é fazer o que a gente detesta. Pensou a ganhar da estrada com i-Pod carregado de MP3. {[(O Sonhar)]} Velha BR violada e caminhoneiros; prostitutas pobres que se imitam revistas. O velho mundo do sonho, também gasto, esperar vai por ele; aroma de flores opacas.

O Naco de madeira rasgada no fundo armário estripava sua bolsa quando a retirou. Velha bolsa Lee de couro, prega e pedaços. Arregaçou-lhe a boca, meteu dentro o que tinha nas gavetas a entrar tudo, apertou no fundo. Depois a mão era da chave no carro; saiu.

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