Pó

os sons vem ao encontro, Trem buzinando cansado mal estar na pó-modernidade desde Bauman. Ao pó, a releitura é dura e crua no texto um complexo lado b sem remédio para minha Hardlife. Cosmovisão nos raios do céu de tempestade vem corte azar todos os fogos o fogo. Sorte num bit de pulso meio da pista há na lendária Blow Up quando antes de saber quem era Godard. Homem Neandertal, vejo que vais da tarde ao supermercado Carone, onde ainda és tua era vermelha do barro que a luz do Sol faz um Photoshop para tua flexão de olhares verbais. Enquanto o pássaro de asas negras é estacionário no peso da leve queda pro lado esquerdo no térreo aplaina uma coisa selvagem que nunca terá escola, terno, religião,..desvendas as gôndolas mágicas para a classe média letrada. Vês o bebê recém nascido reclamar da demora e instantes depois o mesmo já se equilibra com 7 anos no anteparo de alumínio que auxilia os que vão pagar a conta. Pouco antes disso tivestes exaustiva escolha do café, para a qual foste à colheita. Melitta Cerrado quando pouco lhe portam as regiões do Brasil lhe saúdam torpores banais e o DJ que lhe viu chegar vestido com a capa negra remixa caetano o tempo inteiro. Assim letra minúscula. Voltas por isso à lendária Cidade, quando teus pés eram metonímia de uma Copacabana essencial para tua decolagem de Ícaro sobrevoar outra década numa mitologia particular. Passarás pelos homens perdidos olhando absorventes diversos, um deles ao celular falando com abas; e mais adiante em frente àquela garrafa de Jack Daniel`s uma voz: “Nunca pensei em ver você fazendo supermercado”, ao que responderás: “Eu venho pela música”. A verdade é que és mais Wolverine que Clark Kent. Aceite. Observarás, como quem nem está vivo neste mundo, o jogo de corpo que se esbarra festa rave diurna do turno dos homens que perderam aquele plus. Nessa hora terás vontade de coçar o saco, arrumar o pau assim quase sem mexer é fundamental, e muito gostoso. Os grandes pingüins de plástico vigiam a felicidade dos pagantes por cima de prateleiras em panóptico e a caosmose da propaganda de sutian que parece vir da moça de seios bonitos pede uma narrativa certeira. Desdecifrarás a Esfinge sem segredo e a amarás, Homem Heineken; agora que James Joyce é Epifania, e a obra de Oscar Wilde já não lhe interessa mais