08 dezembro 2010

Parachutes

Chet Baker, necessário. Meia luz. A coca on the rock’s e esse calor: ventilador de teto que nunca funcionou, e nem está mais. A noite desceu, a torcida arrefece e bebe. I fall in love too easily enquanto o alarme da portaria dispara; lá fora a catástrofe sonora ganha contornos de ópera. Também escuto um avião, desses menores que tenho medo caiam sobre nossas cabeças-jornal nacional. Até lembro de um caso que vi no You-Tube da queda de um no Paraná. A repórter, uma japonesinha, empunhava o microfone com decisão e contava como o empresário caiu. Agora o monomotor foi embora, o céu sonoro é silêncio estrelado acima de cúmulos escuros que “suspendem grandes lagos”, os quais não caem. Esparramei uma torrente cruel sobre Camburi enquanto corria mirando o monte do Sacre Cuer crivado de fantasmas do pré-primário: Evoé financistas, sabei: No horizonte do mar Titans se levantavam, olhavam a nova orla dos tecnocratas e doutos na parecença de comentá-la uns com os outros. Depois mergulhavam empedrados num filme B particular, lado B do processo trouxa de uma escritura noticiada na superfície twitter de cada personagem; geralmente essas idéias vem no supermercado Carone porque lá tem um DJ que toca o remember top Hit Parade em que se amalgama um Caetano rapte-me camaleoa em dia de sorte. Estar exposto. Ser homem é sentir tesão no démodé. À civilização. Segurar a onda de peito. Fumar literatura, porque o cigarro assim não estraga a voz nem precisa ser filmado por John Ford pra ser bom. Evoé jovens à vista, arrependei-vos. Nelson Rodrigues também lhes disse envelheçam, e a queda nos rituais não poderia ser mais inexorável por tudo o que desejais.

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