A mensagem que o dia esclarece não tem palavras. Por dentro do cobogó, fachos do sol e sombra desenham no pátio de pedra, pingam causa da imensa copa de árvore que lá está avizinhada. Lá, onde não vemos daqui murados e seu contorno deslindado entretanto é imagem e balança uma anca num vestido. A mulher anda sem precisar olhar para trás. As folhas dessa árvore daqui invisível fazem ver o desenho de uma cintura em silêncio enquanto os pingos de luz acarinham o muro, aos poucos o convencem a despir sua ordem diária, decifram sua selvageria, experimentam seu ombro, derramam nele um fonema estranho com a boca em nuance de música. Do desespero que os personagens falam quando o narrador afunda o rosto nas mãos; estátua sob o chuveiro fervente das sete, espécie de Hermes de mau humor.